Saúde Pirata
Atualizado: 30 de nov. de 2020
Quando o carro quebra a gente vai em um mecânico de confiança.
Para fazer uma reforma recorremos a um pedreiro de confiança.
Um coach que nunca empreendeu dificilmente saberá liderar seu aprendiz.
Então por que damos atenção a medicamentos recomendados por pessoas que não são da medicina?!
No Brasil o único diploma que comprova e habilita alguém a prescrever medicamentos (em toda a sua abrangência) para pessoas, é o diploma de medicina.
Não importa o lugar que você ocupe. Você pode ser um líder de Estado como o Papa... mas se você não tiver esse diploma você não tem autoridade para defender o uso de um medicamento, seja ele qual for, para qualquer enfermidade.
Imagine pedir opinião de alguém e essa pessoa te recomendar consertar seu carro com um pedreiro; é inaceitável! Por que na saúde seria diferente?!
Nós do Afilaxy entendemos que incentivar uso de medicamentos sem o devido conhecimento dos riscos é um atentado a saúde, ainda mais vindo de organizações que alegam lutar por ela.
Eu explico.
Em tempos de crise econômica como a que enfrentamos, o número de golpes aumenta substancialmente e o setor da saúde não escapa dos oportunistas.
São salafrários se respaldando em pouquíssimos médicos defensores de estudos que, embora acadêmicos, são estudos recessivos à comunidade, com baixíssimas evidências e sem expressão científica suficiente para se estabelecerem como práticas consolidadas e atuantes na medicina mundial.
Ou seja, embora profissionais da medicina possam defender o uso de medicamentos que não tiveram sua eficácia comprovada, ainda temos que lidar com pessoas de fora da área evangelizando, por exemplo, que o ozônio via retal ajuda no combate a COVID-19, pois acessaram um site com um ensaio publicado.
UMA OU MAIS PESQUISAS DIVULGADAS EM SITES CIENTÍFICOS NÃO DÁ LEGITIMIDADE A ALGUÉM QUE NÃO SEJA MÉDICO A DEFENDER O USO DE UM MEDICAMENTO OBJETO DE ESTUDO.
Os ÚNICOS profissionais autorizados a diagnosticar e prescrever toda a gama de medicamentos para seres humanos são aqueles formados em medicina, pois eles se tornam responsáveis por essa decisão, e responderão caso algo dê errado.
Esse texto não é uma opinião político-partidária, mas uma reafirmação do nosso posicionamento em fundamentação científica.
E isso nos permite continuarmos nosso trabalho.
Continuando no campo das pesquisas, apresentamos acima (30/11/2020) dados parciais do levantamento que estamos fazendo, comprovando que a maioria das pessoas apóia o socorro com a 'bombinha' de Asma emprestada em casos emergenciais, mesmo na pandemia.
O levantamento ainda acontece e você pode ajudar com suas respostas, leva menos de 1 minuto: clique na imagem do gráfico para responder a pesquisa.
Concorda com o resultado? Discorda? Deixe sua opinião nos comentários.
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Agradecemos a atenção, como sempre =]
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