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SUS pra quem?



O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores, mais complexos e mais importantes (Organização Mundial da Saúde) sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.


O SUS abrange diversas frentes. Ele vai desde a Vigilância Sanitária, que averigua as condições de higiene de um restaurante, até o Programa Farmácia Popular, em que se é possível obter a 'bombinha' de Sulfato de Salbutamol sem custo adicional (entre outros medicamentos).


Mais de 7 milhões de brasileiros deixaram de ser atendidos pelo programa Farmácia Popular em razão do corte de 15% nos gastos desde 2015. É o que apontou um levantamento da Repórter Brasil junto ao Ministério da Saúde e à Fiocruz.


Além disso, o governo pretende retirar 9,46 bilhões de reais do Orçamento por meio da Emenda Constitucional 95, bem conhecida como a PEC da Morte. Ao delimitar um teto de “gastos”, e sem considerar o aumento da população (a cada ano, somente a população idosa aumenta em 1 milhão de pessoas no Brasil), reduzirá dos já insuficientes 132,2 bilhões previstos para 2020 para 122,9 bilhões.


Os resultados são assustadores mesmo antes da virada do ano: fim do Programa Mais Médicos, redução drástica do Programa Farmácia Popular, desmonte da atenção à saúde mental e sua descaracterização, desarticulação da política de saúde indígena, redução no fornecimento de medicamentos para tratamento do HIV/Aids e de insumos de prevenção como preservativos, profilaxia de HIV/Aids e outras DSTs para vítimas de violência sexual e até mesmo a falta de vacinas com o cancelamento de contratos com laboratórios públicos e privados.


O SUS foi e é uma construção do povo brasileiro, entrou na Constituição Federal de 1988 como “direito de todos e dever do estado” e ainda que contenha defeitos é um dos nossos mais significativos feitos. Mexer no SUS é mexer com a vida de milhões de pessoas de todas as idades e origens sociais, das mães com seus bebês, dos trabalhadores e trabalhadoras, de jovens, indígenas.

Entender o que está acontecendo com o SUS e lutar junto para impedir que sua destruição seja feita por falta de dinheiro é uma questão de cidadania.


Parafraseando o Dr. Dráuzio Varela: “O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes a levar medicina gratuita para toda a população. Devemos defender o SUS e nos orgulhar da existência dele”.


Fontes:

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